domingo, 27 de maio de 2007

O tudo é uma coisa só?


Quando "tudo numa coisa só" traz o máximo de prazer.


Eu não sei como é que eu passei os cinco anos do meu curso de Letras sem nunca ter assistido ou participado de um sarau. Fui a um ontem à noite. A intenção na verdade era ver a apresentação da minha irmã cantando no grupo de vozes do IMES. O grupo foi o primeiro a se apresentar. Lindo. Depois o que vi foi uma enchurrada de apresentações artísticas de todos os tipos.

Recitação e interpretação de poemas, apresentações teatrais e musicais, e quem quisesse se apresentar fazendo qualquer coisa, era só se inscrever e apresentar.

Um exemplo de liberdade de expressão em que artistas de várias gerações se juntaram pra dar voz à sua arte: desde roqueiros estilo Curt Cobain até cantores veteranos com voz de Nelson Gonçalves; jovens atores vestidos de clowns fazendo as pessoas refletirem enquanto riem; um grupo de artistas mulheres veteranas dando uma lição de vida (As "esclerogirls"); um trio de cordas fantástico, dois violões e um bandolim, mostrando como é que se toca chorinho de primeira; poetas cantando o amor, o mundo e suas cruezas e a própria poesia. Enfim, arte.

Fiquei tão entusiasmada com tudo o que vi que tô até pensando numa possível apresentação minha no próximo sarau, dia 16 de junho. Quem sabe interpretar um poema meu ou de algum poeta maior.


Quando "tudo numa coisa só" pode fazer travar.


Manja computador quando você abre vários programas ao mesmo tempo e a memória do bicho é pouca? Pois é, o que acontece? Ele trava. E aí você tem que reiniciar a máquina pra ela reorganizar a memória.

Foi exatamente isso o que aconteceu comigo essa semana. Travei. A ponto de nem mesmo conseguir sair de casa para trabalhar: a gripe atacou forte, a ansiedade foi às alturas e minhas unhas viraram as vítimas inocentes da minha "trava". Aliás, que unhas?

Muita coisa acontecendo ao mesmo tempo sem que eu tenha tempo de processar cada fato. Problemas na vida profissional, na afetiva, talvez já reflexos de outras questões pessoais mais profundas... São muitos problemas e quase ninguém pra me ouvir e principalmente, me compreender.

Isso sem falar que o casamento da minha irmã caçula já tá próximo e deixando não só a mim como a casa inteira à beira de um ataque de nervos. Todo mundo aqui em casa tá abrindo mão das coisas que gostaria de fazer esse ano pra poder dar um apoio moral e financeiro pro casamento. Família unida no amor e na solidariedade é assim, fazer o quê.

Pois é, tudo ao mesmo tempo agora. Se até as máquinas travam que dirá o ser humano. Algumas pessoas esquecem que são seres humanos e agem feito máquinas. Eu não me envergonho de dizer que sou uma fraca mortal.
Portanto, é hora de "reiniciar", e quem sabe recuperar a serenidade.

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