terça-feira, 17 de julho de 2007

Amor, de novo...


"Falta assunto, falta acesso..." Como sempre, não falta assunto, falta jeito pra escrever. Tem tanta coisa que queria escrever mas que acho que não posso nem devo.

Mas fiquei pensando num assunto: uma amiga minha anda questionando sobre o que é o amor. Fala com a autoridade de quem viveu um monte de amores platônicos, amores arrebatadores e agora que convive com o homem que ama ela tá sentindo que o amor também dói... o amor também é conflito, no pior sentido da palavra. Se o amor vencer esses conflitos, a tendência é que fique mais forte. Acho, porque às vezes o conflito vence o amor...

Também passei a me perguntar sobre o que é esse sentimento, principalmente depois que terminei um relacionamento de cinco anos e pouco. Depois que vi um relacionamento passar das flores ao tédio mais profundo em cinco anos, passei a questionar todos os casais que eu via juntos por mais de dez anos: "o que é que faz um casal passar tanto tempo junto sem morrer de tédio?" Geralmente me respondem coisas do tipo: tolerância, paciência, etc..

Tá mas o que é o amor? Tô descobrindo que o tal sentimento tem diversas facetas, diversas formas de acontecer, seja de maneira arrebatadora, cruel; seja de maneira tranqüila, serena.

Descobri que você não precisa estar loucamente apaixonada por uma pessoa pra poder se sentir bem com ela e com isso curtir os momentos ao seu lado. Mas também descobri o quanto o sentimento arrebatador faz falta pra fazer um relacionamento ir realmente adiante. Aquele sentimento que faz você mover montanhas, enfrentar obstáculos intransponíveis, sentir as benditas borboletas no estômago voando e fazendo festa. A famosa paixão.

Se ela não existir, não tem como haver algo mais... e ela, caprichosa, só vem quando quer... e com quem quer... do jeito que quer... Quase sempre vem deixando um dos lados em desvantagem... Sim, é difícil que haja a sintonia entre os dois lados envolvidos.

E quando finalmente existe a tal sintonia, é bem possível que alguma coisa acabe atrapalhando, tipo... distância geográfica.

Mas tudo bem, a gente continua na "heróica e mesopotâmica" (como diz o Macaco Simão) busca pelo tal do amor verdadeiro, que continuo sem saber ao certo o que é.


Além do mais, se não houvesse a falta de sintonia e outros probleminhas mais, os poetas iriam ficar sem pelo menos cinqüenta por cento da sua matéria prima e os compositores de música romântica brega, sem uns noventa e nove vírgula nove por cento.


E viva a dor -de-cotovelo! (Leia-se: ria de sua própria desgraça antes que alguém faça isso antes de você!)

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