Andei uivando pra lua há uns dias atrás. Era pra ter postado alguma coisa sobre aquela lua que brilhou há mais ou menos uns quinze dias, mas me deu preguiça. Preguiça de Macunaíma mesmo. Mas não esqueci dela; ela ficou na minha cabeça e agora é que tô com vontade de escrever sobre ela.
Sentei no espaço reservado aos professores no intervalo, um espaço aberto com algumas plantas e árvores, acendi o meu cigarro e olhei pra ela... linda, envolta numa auréola brilhante que, juro, tinha as cores do arco-íris. Sabe aquela lua que começa amarelada e gigante no início da noite e depois vai ficando prateada? Pois é, uma dessas. Tão brilhante que era possível enxergar São Jorge montado em seu cavalo espetando o dragão com a sua lança. (colocando a imaginação pra funcionar, é possível ver mesmo).
Mas o fato é que aquela visão me trouxe uma paz tremenda, de um jeito que fazia tempo que não sentia e acabou me inspirando uns versinhos vagabundos que gostaria de colocar aqui:
A lua nua crescente,
lambente...
Lua cheia de desejo
dum beijo ardente
a lua míngua
con-fusão de línguas...
A lua re-nova o coração da gente
nova-mente
***
Lua mansa descansa o coração em desassossego
Já o medo não existe mais e tanto faz...
A nudez da lua me trouxe paz.
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