Quarenta dias de férias no verão. Professor é privilegiado nesse aspecto, não dá pra negar. Passo o ano todo trabalhando e pensando no dia em que chegar esse momento. Ainda tenho que aprender a planejar esses dias preciosos com mais carinho. Fico tempo demais de bunda pra cima, poderia fazer uns roteiros de visita a amigos que quase nunca vejo, passeios culturais, viagens e por aí vai. O problema é que não gosto de andar sozinha e a maioria dos amigos com quem gostaria de fazer esses passeios está trabalhando, fazer o quê, peão é f... (rs)
Bom, mas como fico tempo demais em casa, fico fazendo o quê? Vejamos: A minha mãe fica no meu pé o tempo todo pra eu fazer coisas pra ela. Tá certo, tem que aproveitar mesmo. Aliás, não é só ela, não. Quem pode se aproveita de mim, num tô fazendo nada mesmo. Sirvo de motorista, de faxineira, de office-girl, e assim por diante.
Ler, leio, mas confesso que não ando mais com tanta paciência pra leitura, que coisa... O que está acontecendo com o ser que já foi rato de biblioteca? Tenho que dar um jeito nisso. O segundo tomo de D. Quijote de La Mancha está aí pedindo para lê-lo há três anos. Acho que fiquei um pouco desanimada desde que comecei a ler " A mulher de 30 anos" de Balzac, e no momento em que a história começou a ficar interessante de verdade, descobri que o livro estava com vários erros de impressão, várias páginas apagadas ou em branco. Frustrante. Não deu pra ler o final e constatar a moral da história: lugar de mulher é casada e do lado do marido pro resto da vida, mesmo que ele seja um zero à esquerda e trate a mulher com a mesma considaração com que trata o cavalo dele. Ou: Mulher que trai no final recebe o castigo que merece. Legal, né.
Tinha pensado em deixar um pré-planejamento pras aulas desse ano já prontos, afinal, uma das minhas promessas pra esse ano foi o de me dedicar mais ao trabalho. Mas só foi começar a ler os textos sobre educação, para dormir e sonhar com sala de aula, e sala de aula com a pior espécie de turma que pode haver. Larguei pra lá. Tô de férias, deixa pra pensar nisso quando voltar.
Vejo televisão, mas que falta de imaginação, meu Deus! Mas tô evitando assistir o BBB pra não me contaminar com tanta futilidade. Já é alguma coisa... Assisto novela das oito? Sim, também achei surreal a cena do Juvenal Antena ressuscitando. Aliás, favela que nem aquela, só em novela mesmo.
Ouço muita música, sem isso eu não consigo viver mesmo, seja trabalhando ou de férias. O que ando escutando? Muito chorinho. É música pra alimentar o coração. Maravilha! viva Pixinguinha!
Viagem pra Fortaleza? Essa é com certeza a atração principal dessas minhas longas férias. Pena que dos quarenta dias, só vou aproveitar sete por lá. Mas tá tudo bem, serão sete dias que valerão por quarenta.
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