sábado, 27 de junho de 2009

Medo e coragem


"Nenhuma paixão pode, como o medo, tão efectivamente roubar o espírito da capacidade de agir e pensar. " (Edmund Burke)

Ter sido agredida fisicamente e verbalmente não foi o que mais me doeu. Me doeu a humilhação. Me doeram os cinco anos de USP jogados no lixo. Me dói o fato de ter que me preteger das pessoas que eu deveria proteger. Me dói o fato de sentir essa dor no coração e esse frio na espinha cada vez que penso em sair para o meu trabalho, depois do ocorrido.
Mas, acima de tudo, me dói o medo que sinto de ser mais uma vez vítima da vingança de quem se sentiu injustiçado pelo "convite a retirar-se da escola".
Sim, talvez ele seja tão vítima quanto eu. Não sei o tipo de vida que ele leva fora da escola, não sei se ele não encontrou em mim a forma de descarrregar toda a sua revolta contra pais omissos, escola omissa, sociedade omissa, contra a falta de perspectiva para o futuro...
E o medo da morte, heim... Só assim para descobrir que é bem melhor viver a vida pensando que somos eternos do que viver com medo de encontrar a morte ao virar a esquina... ou ao sair do trabalho. Abaixo a paranoia!! É hora de encarar o medo de frente.
Segunda-feira é dia de voltar com a cabeça erguida.

O corajoso não é aquele que não tem medo e sim, aquele que enfrenta o medo.

2 comentários:

Hérika disse...

A vida nos mostra sempre uma maneira de enfretar-mos nossos medos, de formas diferentes mas eles sempre vem e com certeza disso a gente precisa tirar alguma mudança.Você sabe disso não?

Patricia disse...

Pois é... A gente aprende com tudo mesmo. E no caso, a mudança tem de partir de dentro de mim.